terça-feira, 31 de março de 2009

Nós estamos vivos!




Vítima do Esquadrão da Mortes.l.d. Acervo Última Hora - AESP


Mas aqueles que os militares querem esquecer e apagar da história, apesar de não terem sido convidados, se fazem presentes!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Milico e merda pra mim é a mesma coisa!, dizia Dorival, no curta "O dia em que Dorival encarou a guarda", de Jorge Furtado.


Os milicos, aqueles que só têm merda na cabeça, estão organizando um bailinho. Trata-se de uma tarde dançante.
Mas o que vai rolar mesmo é uma dança de ovos nas caras desses idiotas, xenófobos, fascistas, torturadores e assassinos.
Chega de mentiras!


Milico, mostra a tua cara!


Milico e merda pra mim é a mesma coisa!



quarta-feira, 18 de março de 2009

... enquanto o Bethlem não vem!


"Nem mesmo bicicletas escaparam da operação de ordem pública realizada na manhã desta segunda-feira por fiscais da prefeitura e guardas municipais no Catete e no Flamengo. Pelo menos cinco bicicletas usadas para entregas a domicílio, que estavam presas em postes, foram levadas para um depósito da Comlurb. Os fiscais fizeram ronda nas ruas Marquês de Abrantes e Senador Vergueiro.

Os donos têm três dias úteis para dar entrada, na sede da prefeitura, na Cidade Nova, no processo de recuperação do que foi levado. Os proprietários de três triciclos de entrega foram advertidos, mas os veículos continuaram ocupando a calçada. De acordo com a Subprefeitura da Zona Sul, é proibido prender bicicletas em postes e obstruir a calçada.

A retirada de bicicletas amarradas em postes, de acordo com José Lobo, presidente da ONG Transporte Ativo, é um exagero que coíbe o uso de um veículo não poluente, atualmente incentivado em todo mundo. A subprefeitura reconhece que faltam bicicletários na cidade."

Essa matéria foi publicada no jornal O Globo, no dia 16/03, mídia que vinha defendendo amplamente essa política pública fascista, que mais parece uma eugenia. Agora, obrigados a colocarem algum "porém" na avaliação do tal Choque de Ordem, ficou até engraçado ler suas críticas. Essas operações feitas pelo nosso prefeitinho Eduardo Paes (Dudu,meu tudo!) e pelo seu secretário Rodrigo Bethlem (meu menino mau!) vão totalmente contra todas as políticas públicas do mundo, que investem no uso de energia limpa. Isso tem um nome: burrice!

terça-feira, 17 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

As últimas do Vaticano


“A cúpula do Vaticano voltou a defender a excomunhão dos médicos que realizaram um aborto de gêmeos em uma menina de 9 anos, que havia sido estuprada pelo padrasto em Pernambuco.”
ultimosegundo.ig.com.br/brasil


“O papa Bento 16 admitiu erros no caso da suspensão da excomunhão do bispo britânico Richard Williamson, que se negou a reconhecer em uma entrevista no ano passado a extensão total do Holocausto --a eliminação sistemática de milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.”
BBC.Brasil


"CIDADE DO VATICANO - Feministas do mundo todo, é melhor sentarem-se para ler isso: o jornal do Vaticano diz que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século XX do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho.

A conclusão consta em um longo artigo publicado na edição do fim de semana do jornal semioficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O título era "A Máquina de lavar e a liberação das mulheres - ponha detergente, feche a tampa e relaxe".

"O que no século XX fez mais para liberar as mulheres ocidentais?", questiona o artigo, escrito por uma mulher. "O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, e alguns (dizem que) o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar."

O texto então conta a história da máquina de lavar, desde um modelo rudimentar de 1767 na Alemanha, até os modernos equipamentos com os quais a mulher pode tomar um capuccino com as amigas enquanto a roupa é batida."
REUTERS



Excomunga eu!


Você foi batizado contra a sua vontade?

Já está mais do que cansado da Igreja Católica, do Vaticano e de todas as suas pretensas verdades e (imensos) equívocos históricos?

Ficou embasbacado ou furioso com as últimas notícias?

EXCOMUNGUE-SE!

Faça hoje mesmo o seu pedido para a autoridade clerical mais próxima!


Em São Paulo: Arcebispo DOM ODILO PEDRO SCHERER
Arquidiocese de São Paulo
Avenida Higienópolis, 890 - São Paulo - SP
CEP 01238-908Fone: (11) 3826.0133
Fax: (11) 3825.4414
E-mail: vicariatocom@uol.com.br


No Rio de Janeiro: Cardeal DOM EUSÉBIO OSCAR SCHEID, SCJ
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Rua Benjamin Constant 23, 6º andar Glória - RJ
CEP: 20241-150
Telefone: +55 (21) 2292-3132

A luta pelo direito à cidade é uma luta contra o capitalismo

foto: marciacsilva.wordpress.com



Conferência do geógrafo David Harvey
na Tenda da Reforma Urbana Kazuo Nakano

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL – BELÉM – PA


A luta pelo direito à cidade é uma luta contra o capital. Há um estreito relacionamento entre o capital e os processos de construção das cidades. (...)

Nos últimos 30 anos houve uma enormidade de crises financeiras. Desde 1970 houve 397 crises financeiras no mundo. Entre 1945 e 1956 foram 56 crises. Muitas dessas crises têm sua base nos processos de urbanização. Em 1997, uma crise nos EUA fez com que 300 bancos americanos entrassem em falência. Eram bancos que especulavam no mercado imobiliário. Eram crises causadas por especulações imobiliárias com recursos do mercado financeiro. Nos últimos 30 anos todas as crises financeiras tiveram sua origem nas especulações imobiliárias. (...)

Para Harvey, o que vemos hoje não é somente uma crise financeira e no mercado de hipotecas norte-americano. Trata-se de uma crise urbana. Na década de 90, o superávit financeiro foi utilizado na exploração da mão-de-obra e na obtenção de meios de produção. Há sempre produção de superávits de capitais que financiam a expansão do capitalismo. Há sempre o problema de encontrar formas lucrativas para aplicar esses excedentes de capital, frutos do crescimento econômico. Esses superávits são usados em re-investimentos induzidos pela concorrência. Hoje, a China impulsiona o crescimento do capitalismo no mundo. Desde 1970 há menos investimentos em novos meios de produção e mais investimentos em imóveis e terras. A valorização desses ativos, em especial o encarecimento dos imóveis urbanos, assegura ganhos de capital. (...)

Esse processo interdita a efetivação do direito à cidade, principalmente para os mais pobres que são cada vez mais expulsos para locais distantes, pois não possuem meios para acessar os melhores espaços urbanos. A partir da década de 70, o neoliberalismo provocou depressões salariais que aprofundaram esse processo de interdição do direito à
cidade. (...)

Essa dinâmica de investimentos de capitais na produção e comercialização de espaços urbanos e a conformação daquela “economia da dívida” revelam a crescente mercantilização da cidade que desembocou na crise global atual. Os impactos dessa crise estão sendo profundamente desiguais. As execuções hipotecárias causadas por inadimplências afetam principalmente os mais pobres que vivem nas partes mais precárias e antigas das cidades americanas. (...)

Contraditoriamente, a injeção de recursos públicos é mais para salvar o sistema financeiro e resgatar os agentes do capital do que para garantir os direitos sociais prejudicados pelos efeitos da crise. Os bônus obtidos pelos altos executivos das instituições financeiras que quebraram e receberam ajuda governamental chegam à casa das centenas de bilhões de dólares e superam, em muito, os recursos públicos usados para ajudar aqueles que perderam suas casas. Em muitos locais, as casas hipotecadas que foram confiscadas são utilizadas em pacotes financeiros e não em políticas públicas voltadas para garantir o direito à cidade e à moradia digna. (...)

No Brasil, esse alerta feito por Harvey deve ser levando em conta para criticarmos a disseminação de loteamentos fechados e a chamada “urbanização dispersa” que induz a produção de espaços urbanos de baixa densidade em áreas distantes das cidades.
Daí a importância e a urgência de fortalecer a militância dos movimentos sociais. O que vale mais, as instituições financeiras ou as pessoas? Temos que enfrentar o problema de absorção dos excedentes de capital. O crescimento econômico, puro e simplesmente não é a solução, pois, dependendo do modo como ocorre, pode provocar pressão imensa sobre o meio ambiente do planeta. Se não trabalharmos para enfrentar as crises sistêmicas atuais em profundidade, viveremos processos em que sairemos de uma crise para outra. (...)