terça-feira, 30 de agosto de 2011

QUANTAS MORTES MAIS PRA JUSTIFICAR SUA POLÍTICA?

Neste último sábado (28/08), uma tragédia matou cinco pessoas, feriu outras tantas e assustou a todos nós. O bonde que descarrilhou em Santa Teresa evidencia a forma como ele vem sendo tratado pelo poder público, na figura destes elementos ai abaixo. O bonde é só a cereja do bolo se formos olhar para o que vem sendo feito na educação, saúde, violência policial, upps, choque de ordem, remoções e todo o resto. E fica a pergunta: QUANTAS MORTES MAIS PRA JUSTIFICAR SUA POLÍTICA??

Sergio Cabral e seu comparsa Júlio Lopes
"Dudu Meu Tudo"

Destroços do Bonde.


domingo, 21 de agosto de 2011

Oficina: verdades e existências - AGOSTO (13 e 27)


Oficina: verdades e existências


Módulo III: Cidade e Subjetividade
Dia 13 de agosto: Vai para o mapa ou não vai?
Convidados: Cristina Lontra Nacif - doutora em Geografia pela UFRJ e prof. da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF
                    Leonardo Name - doutor em Geografia pela UFRJ e prof; da PUC/RJ.



Dia 27: As práticas do habitat na política da produção de subjetividade
Convidada: Iazana Guizzo - arquiteta e urbanista, doutoranda em Urbanismo pela PROURB/UFRJ e mestre em estudos da subjetividade pela Psicologia/UFF.

Horário: das 15h às 18h
Local: Centro Cultural Laurinda Santos Lobo – rua Monte Alegre, 306 – Santa Teresa
Coordenação: IES - Instituto de Estudos de Soma - e NexA - Núcleo de Experimentações Anárquicas
Apoio: Centro Cultural Laurinda Santos Lobo e CRP/RJ (Conselho Regional de Psicologia/Rio de Janeiro)
Inscrições gratuitas através dos emails contato@estudosdesoma.org e  margaridabomba@gmail.com

sábado, 23 de julho de 2011

Prevenção ao Crime


Podemos afirmar com orgulho que somos hoje os mais evoluídos em matéria de prevenção de crimes.(Quino)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Criminalização e Superlotação

Temas como a criminologia, abolicionismo penal e outros são discutidos na Oficinas Verdades e Existências que estão acontecendo no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo.

Existem aqueles que acreditam (ou querem fazer acreditar) que no Brasil os presos possuem inúmeros benefícios, como está escrito em infame e-mail que circula atualmente pelas caixas de entrada e saída da internet. Certamente são esses que defendem o caminho da criminalização como politica de segurança, e certamente não hesitarão em apoiar a velha e lamentavelmente corriqueira "solução final" estilo massacre do Carandiru, e assim poderão por algum tempo cumprir suas penas mais confortavelmente em Alphaville 1 ou Alphaville 2,3...

Reportagem da Folha de São Paulo que trata da superlotação nas cadeias de SP:

FOLHA DE S. PAULO

São Paulo, Sábado 16 de Julho de 2011

Com 37 presos a mais ao dia, SP ganha novos Carandirus

"Cadeião de Pinheiros" abriga hoje 5.200 detentos, quase três por vaga

Desde fechamento da Casa de Detenção, em 2002, superlotação se agrava em unidades, inclusive no interior


Adriano Vizoni/Folhapress

Complexo Penitenciário de Pinheiros, na zona oeste de SP.




















ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Dados oficiais do governo mostram que, diariamente, cem pessoas deixam as prisões paulistas, enquanto outras 137 são encarceradas.

O saldo de 37 presos a mais por dia não só vem agravando a superlotação das cadeias como já criou um "novo Carandiru" em São Paulo.

Ele fica na zona oeste e divide a paisagem da marginal Pinheiros, uma das mais movimentadas da cidade, com prédios ultramodernos.

O complexo penitenciário de Pinheiros, ou "cadeião de Pinheiros", como é conhecido, é formado por quatro CDPs (Centro de Detenção Provisória) onde deveriam ficar só detentos à espera de julgamento. Hoje, abriga 5.200 presos, muitos já condenados. As quatro unidades dispõem de só 2.056 vagas.

Desativada em setembro de 2002, a Casa de Detenção de São Paulo, no bairro do Carandiru, zona norte, foi considerada por anos a maior prisão da América Latina e, em tempos de superlotação, abrigou em seus sete pavilhões até 8.000 presos.

O "cadeião de Pinheiros" comporta presos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e também detentos rejeitados pelos outros criminosos.

Nessa categoria estão homossexuais, travestis, dependentes químicos, estupradores e acusados de cometer crimes contra familiares. O ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, por exemplo, já esteve preso lá.

"No contato com os detentos de Pinheiros, percebemos que lá estão muitos usuários de crack presos no centro acusados de tráfico e também acusados de praticar crimes como pequenos furtos e roubos", diz José de Jesus Filho, da Pastoral Carcerária.

Há outros casos de superlotação no Estado. Hortolândia, região de Campinas, viu surgir o chamado "Carandiru Caipira" após a desativação da Casa de Detenção, em 2002. Na cidade do interior, as duas penitenciárias e os dois CDPs têm 6.100 detentos num espaço para 2.610.

Por conta de situações como essa, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) programou para o próximo dia 20 uma série de vistorias em unidades prisionais de São Paulo. "Como não há política prisional alternativa, as prisões acabam superlotadas", diz.

O governo tem a expectativa de que a reforma do Código do Processo Penal, em vigor há quase duas semanas, ajude a desafogar cadeias.

A nova legislação dá alternativas às prisões preventivas, como a restrição de circulação de acusados de crimes leves.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Leve-me ao seu lider

A revista Carta Capital do dia 29 de junho trouxe uma reportagem de oito páginas que busca descrever as "trincheiras da web". Como diz a matéria, " sem partidos ou sindicatos, os brasileiros voltam às ruas em grandes manifestações convocadas pela internet". Interessante e irreverente foi a manifestação em Natal, o #foramicarla. Os manifestantes pediram ao rei Momo que não devolvesse as chaves da cidade à prefeita Micarla de Sousa, do PV. Constrangida, a prefeita não compareceu e enviou o Secretário de Cultura.

Mesmo que as matérias exagerem no tom - nem todas as manifestações são tão grandes assim e muitos partidos colocam seu dedo (ou enfiam a mão) nas tais manifestações - o fato é que mundo digital traz desafios e oportunidades de se reinventar resistências.

Como afirma a matéria, o secretário-geral da seção regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Coutinho "ri ao lembrar que uma das maiores dificuldades para a negociação é que não havia líderes. Eles diziam que era um movimento 'plural, coletivo e horizontal'. Cada proposta tinha de ser levada em plenário para que o grupo decidisse. Por isso demoraram tanto as negociações".

O pensamento e as práticas libertárias ainda têm muito a nos ensinar.

sábado, 2 de julho de 2011

oficina: verdades e existências - Módulo II

O primeiro módulo da oficina:  verdades e existências serviu como um primeiro passo e também para abrir o apetite. As relações entre a verdade e o erro na psicologia serão retomadas neste segundo módulo e iniciaremos o tema "verdade-cidade", que será o tema geral do módulo III, em agosto.

Módulo II - As ciências e o método científico:
a identificação de todos os erros



dia 2 - a epistemologia e as psicologias


dia 16 - a psicologia e a criminologia: exame criminológico e o aprisionamento subjetivo


dia 30 - cartografia e mapeamentos na concepção das cidades



das 14h às 17h no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo
Caso queira participar, lembre-se de enviar um e-mail para que possamos encaminhar alguns textos que servem de sugestão de leitura.
contato@estudosdesoma.org  ou margaridabomba@gmail.com

até mais,

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O fascismo à brasileira e o caso Wellington

Enquanto as "ciências" buscam desvelar o Mal através de exames genéticos e neurológicos, com pesquisas que não mais se referem ou dialogam com sujeitos, mas com mentes ("perigosas", "paranóicas", esquizofrênicas"), os porta-vozes do ódio e do extermínio ganham cada vez mais adeptos, "amigos" ou "seguidores".
Wellington não foi "reconhecido". Foi enterrado na "vala comum" daqueles que decretam e criminalizam os "erros", sejam eles desvios de personalidade ou falha genética. Bolsonaro, nosso ilustre deputado federal pelo PP/RJ - Partido Progressista (?) - acha que a união gay é pior que uma bomba atômica e que não houve ditadura militar no Brasil. Este sim é reconhecido e aclamado pelos defensores da Tradição, da Família e da Propriedade.
Um "detalhe" os une. Um elo publicado pela mídia mas rapidamente esquecido: um perfil falso de Bolsonaro publicado 7 dias antes com um texto anunciando o massacre na escola onde estudava.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Oficina - Verdades e Existências

Apresentação


Este projeto é fruto de um trabalho que vem sendo realizado por um grupo transdisciplinar de alunos de graduação e pós-graduação de diferentes cursos e universidades: psicologia social, serviço social, arquitetura, geografia e direito. Desde 2007, este grupo se reúne para debater temas contemporâneos apontam para transformações nos espaços coletivos e individuais e que estão intimamente relacionados à política nas suas práticas cotidianas.

Este núcleo agregador foi fundamental para a constatação de dois pontos centrais. O primeiro deles se refere à inquestionável relevância de discussões teóricas e conceituais para uma reflexão sobre os problemas atuais. Nesse sentido, nada melhor do que esta multiplicidade de olhares e de experiências. Nossa segunda constatação nos levou a refletir sobre o empobrecimento destas discussões quando restritas ao universo acadêmico. Se as teorias servem de instrumentos transformadores, a prática deve estar sempre presente e não mais como ponto a posteriori, como conseqüência do pensamento. Trata-se de modos que seguem unidos: fazer pensando, pensar agindo.

A oficina verdades e existências serão realizadas no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa. Este bairro é conhecido nacional e internacionalmente como uma região que historicamente abrigou artistas e intelectuais. Talvez estas oficinas possam abrir ainda mais as portas e janelas para que novas trocas – relativas ao conhecimento, à arte e aos afetos – sirvam de experiências capazes de transformar mundos e existências.



Metodologia

A oficina será dividida por módulos (cada módulo corresponde a um mês). A coordenação deste projeto irá propor os temas dos dois primeiros módulos (junho e julho), sendo que os seguintes serão determinados em conjunto com os participantes. Cada encontro será dividido em três partes.

A primeira parte, a ser realizada pela equipe coordenadora, será uma introdução ao tema proposto, com uma breve análise sobre os conceitos que serão apresentados na segunda etapa do encontro. Ainda nesta primeira etapa, um oficineiro(a) irá apresentar um “dispositivo” relativo ao tema, que poderá ser feito a partir de um texto ou ainda através de instrumentos áudio-visuais, jogos lúdicos, teatrais, etc. A cada encontro teremos um(a) convidado(a) que fará, nesta segunda etapa, uma apresentação mais específica sobre o tema. Ao final do encontro será realizado um debate para que as idéias ali trazidas possam ser dialogadas com os participantes.

Cabe à coordenação a seleção de textos e obras que serão distribuídas a cada participante no momento da inscrição e que servirão de base teórica para a discussão nos encontros. Aos interessados, serão entregues certificados de participação nas oficinas.

Para este primeiro módulo, o tema proposto foi Sujeitos, verdades e crimes. Este tema irá debater esta tensão presente no campo psi, analisando principalmente a relação que a psicologia estabelece com a noção de verdade (o dizer verdadeiro, a verdade e o corpo, a coragem da verdade). Em oposição ao termo verdade temos o erro e, com ele, suas diversas categorias semânticas: o falso, a ficção, a ilusão, a morte e o crime. No segundo encontro convidamos dois advogados que atuam na área criminal para aprofundarmos esta questão e para debatermos conceitos centrais ligados ao abolicionismo penal.

Como segundo módulo, pretendemos oferecer uma discussão que amplie esta tensão para os espaços das cidades contemporâneas, problematizando os ordenamentos e as classificações espaciais e sociais. Para isso debateremos temas ligados ao urbanismo e à arquitetura.



Módulo I: Sujeitos, verdades e crimes



Dia 4: A psicologia e o desvelamento das verdades

Introdução ao tema: Vera Schroeder.

Oficineiro: Cristiano Rodrigues.

Convidado: Antonio Carlos Cerezzo – Doutor em Psicologia Social pela USP, Psicólogo da Fundação Municipal de Saúde de Niterói.



Dia 18: A verdade nas cidades contemporâneas: a criminologia dos erros

Introdução ao tema: Vera Schroeder.

Oficineiro: Daniel Adolpho Daltin Assis – advogado do CEDECA, Interlagos (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Interlagos).

Convidados: Daniel Adolpho Daltin Assis e Raul Carvalho Nin Ferreira – advogado e estudante de filosofia (USP) com experiência em movimentos sociais.



Resumo das atividades

Módulo I: Sujeitos, verdades e crimes

Aulas em junho, quinzenais.

Sábados, dias 4 e 18, das 15h às 18h

Local: Centro Cultural Laurinda Santos Lobo - rua Monte Alegre, 306 – Santa Teresa

Coordenação: Instituto de Estudos de Soma e NExA (Núcleo de Experimentações Anárquicas)

Apoio: Centro Cultural Laurinda Santos Lobo e CRP/RJ (Conselho Regional de Psicologia/Rio de Janeiro)

Inscrições gratuitas através dos endereços eletrônicos:

www.estudosdesoma.org

http://anarco-sabo.blogspot.com



Coordenação

Cristiano Rodrigues. Possui mestrado pela Universidade Federal Fluminense – UFF, com estudos voltados à psicologia clínica e social.

Emmanuel Vilas Boas. Geógrafo formado pela UFF e pós-graduado em Gestão Ambiental pela Gama Filho.

Felipe Nin. Graduando em Arquitetura, UFF.

Renata de Oliveira Santos. Atriz formada pela Escola de Teatro Martins Pena e graduanda em Serviço Social pela PUC-Rio. Coordenadora da Ong Terr’Ativa, que desenvolve trabalhos sociais com crianças e adolescentes no Morro do Fubá, Cascadura.

Vera Schroeder. Doutora em Psicologia Social pela UERJ/Université de Liège. Presidente do Instituto de Estudos de Soma.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Olha o Bloco de Ordem aí gente !!!

Na contramão da mercantilização do espaço público promovida pelo prefeito Eduardo Paes e pelo governador Sérgio Cabral, o Bloco de Ordem saiu durante o carnaval carioca pelas ruas do centro do Rio, sendo seguido por vários adeptos que facilmente aprendiam e cantavam as já (in)famosas (mistura de infames com famosas) marchinhas, satirizando as políticas (in)públicas (mistura de infames com públicas) de choque de ordem e das UPPs, reclamando com humor o direito de todos à cidade.